André de Almeida processou e ganhou US$ 2.95 bi para um grupo de acionistas minoritários da Petrobras. O mapa do caso está no livro “A maior ação do mundo”.
Neste livro, André de Almeida detalha os pormenores do processo de número 14-CV-9662 – nome técnico da Class Action aberta contra a Petrobras em decorrência dos crimes revelados pela Operação Lava Jato. Estão lá todos os passos dessa jornada, desde o momento em que concebeu a ação (ao ler o teor da delação premiada do diretor de Abastecimento da empresa, Paulo Roberto Costa) até o momento em que decidiu travar a batalha em solo jurídico americano (onde a Petrobras também negocia suas ações, e onde a legislação favorece mais o acionista). Almeida não deixa de relatar as dificuldades enfrentadas durante esse período – da sabotagem sofrida por seu escritório à descrença, por parte de certos acionistas brasileiros, de que o processo poderia gerar bons resultados.
O tempo provaria que tais acionistas estavam errados. Provaria, também, que com trabalho e organização, é possível vencer uma luta desigual, iniciada quando um único escritório de advocacia – o Almeida Advogados – teve coragem de enfrentar uma gigante pública do petróleo. Provaria, por fim, que em tempos de globalização, nenhuma empresa brasileira poderá sobreviver se não sanear as práticas arcaicas de corrupção que, por tanto tempo, foram aceitas em nosso país.
A Class Action possibilitou que milhares de acionistas da Petrobras nos Estados Unidos (vários deles brasileiros) tivessem seus danos reparados. O próximo passo é fazer com que a Justiça também seja feita no Brasil. No que depender de André de Almeida, a segunda etapa – igualmente
André de Almeida é CEO e Founding Partner do Almeida Advogados, escritório full service com atuação em todo o Brasil. Indicado como advogado de referência nas principais publicações jurídicas nacionais e internacionais. Presidente da Federação Interamericana de Advogados entre 2011 e 2013.
Mas, André gosta mesmo de ser lembrado como ex-ciclista profissional que vivendo em Varsóvia, na Polônia, treinou muito e foi bicampeão brasileiro na prova de estrada.
Conseguiu também o 7º lugar no Campeonato Pan-americano no Chile (era para ganhar, mas o terreno era flat e não ajudou). Também competiu em dois campeonatos mundiais (Colorado Springs, EUA e Atenas, Grécia), e quase foi para as Olimpíadas de Barcelona, mas um acidente alguns meses antes, somado à desilusão provocada pelo baque, o afastaram das pistas.
De atleta profissional para trabalhar em grandes escritórios no Brasil e em Nova York foi um pulo. Deu até tempo de ser advogado interno da OEA – Organização do Estados Americanos, em Washington, D.C.